segunda-feira, 8 de maio de 2017

Convenções que não matam mas...

moem.
E há dias em que moem mesmo.

Domingo foi dia da mãe e, pelos vistos, era suposto que me sentisse especial.
Para mim foi apenas domingo.
Nem foi o dia do cortejo, nem foi o dia da mãe, nem foi o aniversário de 13 pessoas entre família e conhecidos.
Não.
Domingo foi o primeiro dia, em muito tempo, em que estive com o meu homem em casa todo o dia, sem precisarmos de ir aqui ou ali, de pegar no carro, de vestir qualquer coisa assim ou assado, de responder ao telemóvel ou ao computador.
Foi o primeiro dia, em muitas semanas, em que ele pode aproveitar o sofá e eu a sua companhia. E em que estivemos entregues, literalmente, à bicharada - entre crianças e animais.
Foi a primeira vez que ele cozinhou daquela forma bonita como só ele cozinha, desde há umas semanas.
Foi aquele dia em que a Rita adormeceu no início do almoço e pudemos estar à mesa horas, com família e amigos.

No domingo foi um dia especial. Não por ser dia da mãe.
Mas por ser, finalmente, um domingo dos nossos.

Ainda assim, obviamente, a minha mãe sabe que todos os dias são dia da mãe para nós. Para mim e para ela. E que não é preciso um dia para o celebrar.

O dia da mãe vale pelo pretexto de lhe poder dar um mimo. Mas nem isso neste domingo.

O nosso dia da mãe há-de ser um dia destes. Ou todos os dias da nossa vida.

Mi madre y sus muchachos, em 1992.

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