sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Hormonas... Para que vos quero?

Não me perguntem sobre desejos de gravidez, porque não os tenho.
Já o disse: o meu conceito de "desejo" na gravidez é só a minha maior disponibilidade para procurar algo que me apeteça comer/beber. Não são exigências nem crises de ressaca de barritas kinder (coisa que me apetece comer há muito, mas que tenho evitado sequer pensar em comprar).
Agora as hormonas... ui!
E não, não falo de chorar cada vez que vejo um bebé porque é lindo - continuo a achá-los com cara de crepe - nem a chorar porque matei uma melga, coitadinha.
As minhas hormonas aproximam-se daquilo que é uma diva sem snikers... oh, yeah!
E traduzem-se em duas situações:

1. NÃO ME QUEIRAM VER COM FOME
A sério. Na boa, não me levem a mal. Mas grávida, se tenho fome e não tenho onde ir buscar comida, meus amigos, é o fim do mundo na minha hipófise!
Controlo-me. Penso "calma que ninguém tem culpa" ou "PORQUE É QUE NÃO TROUXE TUDO O QUE HAVIA PARA COMER EM CASA?" ou "inspira. expira. não pira.".
Quem está à minha volta não tem a mínima culpa e, para já, consigo ter noção disso e comportar-me. Mas na minha cabeça transformo-me num bicho e só me apetece partir tudo à minha volta até ter comida.
Ora, a última vez que isto me aconteceu foi na autoestrada.
Imaginem-se lá a vir de Braga, a parar na única Área de Serviço que encontramos entre Braga e Porto. A saírem do carro e a encontrarem, apenas e só, pasteis indesejáveis, gordos e com mau aspeto. Pensam: "ok, não faz mal, paramos em Gaia."
Acontece que, se vamos pelo Freixo, NÃO PARAMOS EM GAIA PORQUE A ÁREA DE SERVIÇO É NO TRAJETO DA ARRÁBIDA! Entendem-me?
Então e onde vamos para? Em Estarreja. Claro. Toma lá 3€ por dois salgadinhos a escorrer óleo. E se quiseres um sumo natural toma lá mais 3.95€.
Certo é que, desde aí, a lancheira não me falha.

2. Está tudo bem, mas, de repente, apetece chorar.
Pois é. Sempre pensei que essa coisa das grávidas chorarem era uma coisa triste, que se arrastava durante algum tempo. Uns dias cinzentos e pouco mais.
Mas não é.
Estou sem carro. Ligo ao homem porque preciso de uns papeis e não tenho como os ir levar. Ele diz-me que não consegue vir cá a casa. E DÁ-SE-ME LOGO UM NÓ NA GARGANTA COMO SE ELE ME ESTIVESSE A DIZER QUE ERA BEM FEITO EM ESTAR SEM CARRO E QUE NUNCA MAIS VOLTARIA A CASA PARA ME VIR BUSCAR?
Caraças. Isto é muita estranho.
Entretanto, tipo, instantaneamente passou. Mas pergunto-me se, alimentando esse nó, choraria horas a fio só porque... hã? o que é que se passou realmente?

E pronto, por enquanto é isto.
Estamos quase a entrar nas 24 semanas.
+ 1kg e 0 estrias.
Tomem lá, suas invejosas!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A Ansiedade Comunitária

Já perdi as contas ao número de mensagens e de perguntas sobre o sexo da criança.
São dezenas.
E, na sua maioria, rematam com "que é para saber o que comprar".

Amanhã é o dia.
Aliás, amanhã pode ser o dia. Se tudo estiver bem com o/a bebé e ele/a nos deixar ver o que aí vem.

E, na véspera de mais uma ecografia, a minha serenidade repete-se.
O que eu quero saber é se está tudo bem.
Se não há mal formações. Se está com o peso e o tamanho corretos. Se o meu corpo e o dele se complementam. Quero perceber o que me espera nos próximos 3/4 meses. O que devo fazer e começar a preparar. Assim, na paz.

Depois de tudo isto, posso chegar a casa e ir a todos os sites com wish list e carregar no "checkout".
Mas antes disso, da cobrança da resposta à pergunta que tantas e tantas vezes me fizeram, só quero garantir que tudo está bem.

Quero vê-lo/a e senti-lo/a.

O resto vem por acréscimo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O acompanhamento médico

Quando soube que estava grávida não descansei enquanto não fui a um obstetra e não fiz uma eco.
Isto significa que, quando fiz o teste e soube que estaria de 5 semanas, demorei 2 dias a conseguir que alguém me atendesse o telefone no centro de saúde para marcar uma consulta para dali a mais de 15 dias e a conseguir vaga num qualquer obstetra que me mostrasse num écrã a preto e branco o meu pequeno embrião.

A verdade é que só lá para as 7 semanas pude ver se tudo estaria bem.

Até lá devorava coisas sobre gravidez. Artigos na internet, blogs, estudos, sabia de cor os riscos e percentagens de anomalias e abortos até às 12 semanas, andava ansiosa que até doía, queria gerir o esforço físico que o meu trabalho iria implicar precisamente entre as 5 e as 7 semanas da melhor forma, esconder os enjoos de toda a gente, trabalhar como se nada fosse.

Enquanto tudo isso acontecia a grande velocidade e sem eu me aperceber, começavam também as primeiras carícias e descobria no mê hóme uma paz e uma sapiência que me traziam tranquilidade e vontade de prolongar este "segredinho" dos dois por mais tempo.

Quando fui ao obstetra, particular, claro, toma-lá-110-euros-para-te-meterem-as-mãos-lá-dentro-e-veres-o-teu-filho-e-falarem-te-de-cesarianas, pensei que só voltaria lá se não gostasse do acompanhamento feito na Maternidade.

Em Coimbra, com duas maternidades, e tendo toda a família nascido na Daniel de Matos, depois de pesquisar e de procurar ajuda, optei pela Bissaya Barreto.
O edifício é obsoleto, o estacionamento pode ser complicado, mas fui acolhida num ambiente super familiar e aconchegante. Além disso, a nível de pessoa e de equipamentos é muito boa.
A minha médica, com um feitiozinho que só a mim me poderia calhar (não sei se é karma ou se é amor), é 5 estrelas.
Os ecógrafos, mais velhos do que c***r de cócoras, deixam-me ver tudo e mais alguma coisa, e toda a gente tem uma palavra simpática e uma disponibilidade fantástica.
(Salvo a exceção da primeira médica que me fez lá uma eco, onde não disse uma única palavra e só fazia caretas para o écrã, que fez com que tivesse a sua linda cueca na minha linha de visão todo o tempo.)

Quarta-feire volto lá. Vamos fazer a eco morfológica e vamos à consulta do 2º trimestre.

Depois é digerir toda a informação, preparar para o curso pré-parto, conhecer bem a maternidade a aguardar por este bebé-mais-que-querido-que-aí-vem.


terça-feira, 6 de setembro de 2016

Menino ou Menina?

Toda a gente quer saber o sexo da criança.
Eu também queria, mas vou ter de esperar pela próxima ecografia, às 21 semanas.

"Ai mas só dá para saber nessa altura?"
Não, fofinhos. Quando fui fazer a eco das 12 semanas já me deram um lamiré. Um lamiré partilhado com poucos para que as expectativas não se excedam, e um pedido expresso para que não haja ofertas para menino/a até termos a certeza.
Conclusão, quem foi a primeira pessoa a comprar uma coisinha a pensar no lamiré? Moi même, está claro!

Mas, a verdade, é que tanto me faz o que aí vem.
É um cliché, eu sei, e eu até bufava quando ouvia alguma grávida dizê-lo, mas é a mais pura da verdade: só me interessa que venha bem, com saúde. O resto logo se vê!

Ainda assim, como super-organizada-wanna-be, tenho duas pastas no computador que me ajudam a orientar as necessidades e a oferta que há para bebés, desde o enxoval à puericultura.

E, até agora, o que me faz perder a cabeça é mesmo o site da GAP, com coisas tão fofinhas-cutxi-cutxi-bilu-bilu e sempre com descontos e preços acessíveis. Além disso, porque já fiz a experiência, as entregas são muito rápidas e o produto é exatamente aquilo que temos em mente.

Um dia, armada em blogger de moda, deixo-vos uma lista das coisas e marcas que namoro e que tenciono adquirir - ou não! Não vá haver por aí algum imitador que me deixe com os pêlos em pé.


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

ALERTA PROMOÇÕES

Quem convive comigo no dia-a-dia sabe perfeitamente que o TLC me poderia acompanhar num daqueles programas de donas de casa que andam sempre à caça de promoções e cupões.
Ainda não me dediquei a fazer aquelas contas que fazem com que a loja ainda nos fique a dever dinheiro, mas não percamos a esperança, que um dia lá chegarei. Amén.

Todos sabemos como setembro é um mês de recomeço, organização, definição de objetivos, etc.
Para mim, setembro vai ser o mês de saber o que aí vem - menino ou menina - e de começar a planear os gastos inerentes ao bebé.

Podiam era ter-me avisado que nesta altura é uma luta online pelos descontos!
Anda tudo d-o-i-d-o.

A GAP, que é assim a marca de eleição para a roupa de bebé e criança, está com os VIP Days e uma pessoa está sempre à espera da melhor oferta que há-de vir no dia seguinte. Para já, hoje, quem for cliente tem 30% de desconto + 10% Extra em roupa de mulher e maternidade.

A La Redoute a bombar com descontos e ofertas. A Vertbaudet com 0974556924 seleções de produtos com descontos. Aquelas marcas fofíssimas de tudo-que-possam-inventar-para-o-bebé-feito-em-Portugal-por-criativos-portugueses a lançar códigos de desconto nas lojas online como se não houvesse amanhã.

Ele é promoções na Bebitus e na Babyblue. Ele é encher sacos de compras nas Kid To Kid no valor de 20€. Ele é a Zippy que até ao fim de agosto tinha toda a puericultura com 20% de desconto e agora é todo o vestuário.

E os cupões, senhores, ai os cupões!

Uma loucura.

Bom, na verdade, só faltava uma promoçãozinha na Zara Home para ser perfeito...


Dedicado às Ga(i)jas (ponto da situação II)

Transformações no corpo

Ao contrário do que imaginava que um dia me fosse acontecer, esta gravidez não me está a trazer grandes alterações. O peso mantém-se o inicial, sendo que é possível reparar que o bebé está a consumir algumas reservas de gordura que existiam, e a preparar outras para a produção do leite.
Como já disse, os cremes têm sido essenciais. Muita hidratação!

Além disto, calçado confortável acima de tudo. E é aqui que entra a maior transformação do meu corpo: NUNCA CHEIREI A CHULÉ. Entendem o paraíso que isto era? NUNCA.
E eis senão quando, do alto dos 40 graus que têm marcado presença neste verão, no alto dos meus vários pares de Birkenstock, todos eles com alguns anos e muitos kms nos pés, me vem um odor próximo ao do Queijo da Serra Curado. Sabem? Não é o cheiro do Camembert, ou do Brie. Não. Nem do amanteigado de ovelha. É mesmo da Serrinha.
E aqui ainda não consegui resolver-me. Comprei um desodorizante que não funciona.
Já pus os sapatos todos a arejar. Vou alternando todos os dias de calçado.
Suponho que isto tenha a ver com alterações hormonais. E, sem dúvida, é a alteração que mais me afeta. Onde já se viu uns pés lindos como os meus a cheirar a doritos tex-mex com molho de queijo?

De resto, aguardo ansiosamente pela história do cabelão das grávidas. A sério. Toda a gente fala nisso e o meu cabelo por aqui anda. Mais curtinho. Sem crescer a olhos vistos e sem dar o ar de sua graça.
É verdade que há muitos cabelos pequeninos a nascer, mas já me estava a imaginar ser a 1ª Cabelo Pantene grávida da história.

De resto, unhas e maquilhagem é o mínimo possível. Nas mãos não há verniz, só unhas cuidadas e curtas. Nos pés o verniz vermelho que não me pode faltar. Cuidados também com unhas e cutículas.

E por fim, minhas boas amigas, a depilação!
Ora bem, a depilação é assim um caso muito especial para cada uma, claro.
Eu fazia sessões de depilação definitiva. Virilhas e axilas, que foram as primeiras zonas que ataquei, já só fazia umas 2x/ano. Mas tive de parar. Não há nada que diga que é perigoso ou nocivo para o bebé ou para a mãe. Mas não há nada que diga que se deve fazer. Isto significa o quê? Que a única coisa que pode imperar é a nossa amiga Gilette. Pois que ela seja muito bem-vinda. O pêlo cresce mais rápido, mas tudo se mantém à rotina da depilação definitiva. Não engrossa e não crescem mais nenhuns além dos que restam.
Cera nas pernas fiz no início, mas agora a possibilidade de derrames é bastante superior. Ando a pensar se experimento fazer ou não. A minha amiga Gi (não é bem mais lindo do que dizer a marca toda?) acompanha-me bem na missão pernas.

De resto, hoje especialmente, sinto-me uma lontra que só consegue andar e sentar-se de perna aberta. É tão elegante!