8h10 e estou ao computador.
É a primeira vez nestes dias que acordo com energia e de bem com a vida.
Foi a primeira vez, nesta semana, em que consegui dormir uma noite sem insónias.
As insónias chegam de mansinho e quando alguma coisa está mesmo desregulada ou fora de controlo.
Se eu achava que estava tudo bem, apesar de já não aguentar as miúdas aos gritos, e a correr, e a saltar, e a lidar bem melhor com isto do que os adultos… e ao mesmo tempo ia buscar a paciência a cascos de rolha e tentava levar os dias na maior, a meio da noite acordava, sem sono, e ali ficava 2 ou 3h.
O que é certo é que cá em casa ninguém sabe o que nos espera. Estamos os dois sem qualquer atividade profissional, a tratar dos processos de Lay Off.
2020 era o ano dos grandes planos - as obras cá em casa iam arrancar em fevereiro, mas nessa semana choveu e adiámos para… não sabemos quando! E depois? Casa à venda e casa nova em vista. E mudanças a nível profissional. E férias já marcadas e agendadas. E tudo. Tudo feito com a antecedência e com os planos que sempre gostaríamos de ter feito.
Ontem obriguei-me a acertar ponteiros e alimentação. Tem sido porcaria por todo o lado e o meu corpo ressente-se quase instantaneamente.
Hoje é o 9.º dia em casa e ainda não parece o fim do mundo. É chata a chuva e o frio, as miúdas não podem sair, estão confinadas às brincadeiras cá dentro, e começam a stressar e a passar demasiado tempo em frente aos ecrãs.
Esperemos que, com a chegada da primavera, venha de novo o sol e os dias mais quentes. Daqui a uma semana muda a hora, tão desejada cá por casa!
Continuamos todos vivos, sãos e mais gordos!
E parece que a partir de hoje se seguem mais 15 dias… Venham eles! Vamos dar cabo do bicho!
Seguimos juntos...
Diz que gosto de observar os outros como se de uma comédia negra de tratasse e que falo do bem e do mal como se ambos fossem apenas isso mesmo, o bem e o mal. Ah, e dizem que sou gira que me farto. Mas nunca enjoei.
sábado, 21 de março de 2020
segunda-feira, 16 de março de 2020
coronamood o c*ralho!
Tenho levado estes dias mais ao menos ao de leve...
Estamos os 4 em casa, o que é raro, com a certeza de que o homem não sai para trabalhar, o que é ainda mais raro e que nos sabe muito bem.
Com isto, as miúdas, entre guerras, vão aprendendo a partilhar e a cooperar, a casa vai ganhando o cheiro de quem é habitada e não o cheiro de quem vem dormir. Acompanhamos as notícias 2x por dia, elas veem filmes, brincam na rua, etc. Desinfetamos a entrada e as maçanetas diariamente. O pai já foi ao supermercado e quando vem já há todo um ritual de desinfeção.
Tudo muito chato, é certo.
Depois vemos as notícias e, na minha inocência, andava há 3 dias a ver as percentagens de aumento de casos. Feliz, porque a percentagem apresentada vem descendo, até ao dia em que chegaria a zero.
Neste momento, decido fazer uma publicação com esse pensamento, porque não é alarmista, não é pessimista, está ótimo. E uma amiga, daquelas que não vemos meses e meses a fio, mas que é como se nos tivéssemos visto ontem, que poderia bem ser da família e da casa, não fosse a distância e os horários, mandou-me uma mensagem em privado. É enfermeira num grande hospital e as coisas estão pretas. Não vou entrar em pormenores, porque todos sabemos que há relatos antagónicos. E, se nos «mentem» ao disponibilizar os números de infetados, é porque não há meios para fazer testes a tantos casos suspeitos.
O que me trouxe aqui ao estaminé não foi apenas a gravidade desta situação. Porque vejo gente a entrar em pânico e super alarmada e prefiro pensar que se todos fizermos o que está ao nosso alcance estamos a dar o nosso contributo para travar esta pandemia.
Mas, enquanto falava com ela, que nem sei se estava a trabalhar, mas que estava claramente exausta e stressada, e a dar o litro para poder ajudar o máximo possível de utentes, não esquecendo que as outras doenças e urgências não desapareceram, pensei que tinha acabado de fazer 3 publicações parvas no Instagram, tinha planos de deitar a mais nova e ir ver as novas atualizações do Big Corona d'A Pipoca Mais Doce, e a seguir seguia para ouvir A Caravana da Rita Ferro Alvim, e, quiçá, pegar no Ensaio Sobre a Cegueira, que comecei a ler há uns bons tempos e nunca mais lhe peguei.
E, enquanto falava com ela, eu estava, como estou a escrever este texto, em casa, junto à piscina, a apanhar sol e a beber o meu café de papo para o ar.
E só aí me bateu o papel patético que muitos temos feito. Batemos palmas, cantamos, tudo certo (cá em casa não fazemos nada, no campo não temos vizinhos, e às 22h as miúdas estão a roncar, ou a caminho disso). Mas eles não param. E ao fim do dia voltam para casa. Sem saberem se estão infetados. Para abraçar os filhos. Para descansar um pouco. Sem férias, sem planos, sem saber quando isto vai acabar. E quando chegam ao trabalho, sem máscaras, sem condições, e com solicitações para todo o lado dão o litro. E não pensam 2x antes de ajudar quem mais precisa.
Continuaremos a cantar à janela, a fazer descrições diárias destes dias encafuados em casa, a fazer macacadas para passar o tempo e a aprender a lidar com esta situação.
Mas a partir de hoje, mais do que nunca, com o coração naqueles que são profissionais de saúde e que não podem baixar os braços. Hoje, este desabafo é para ti, Istrelinha, e para todos os teus colegas.
Obrigada por todo o vosso esforço (dedicação e glória…?! Já que somos do Sporting, pode ser assim!)! E seguimos juntos, fazendo cada um o seu papel, para travar esta pandemia 👊❤
Estamos os 4 em casa, o que é raro, com a certeza de que o homem não sai para trabalhar, o que é ainda mais raro e que nos sabe muito bem.
Com isto, as miúdas, entre guerras, vão aprendendo a partilhar e a cooperar, a casa vai ganhando o cheiro de quem é habitada e não o cheiro de quem vem dormir. Acompanhamos as notícias 2x por dia, elas veem filmes, brincam na rua, etc. Desinfetamos a entrada e as maçanetas diariamente. O pai já foi ao supermercado e quando vem já há todo um ritual de desinfeção.
Tudo muito chato, é certo.
Depois vemos as notícias e, na minha inocência, andava há 3 dias a ver as percentagens de aumento de casos. Feliz, porque a percentagem apresentada vem descendo, até ao dia em que chegaria a zero.
Neste momento, decido fazer uma publicação com esse pensamento, porque não é alarmista, não é pessimista, está ótimo. E uma amiga, daquelas que não vemos meses e meses a fio, mas que é como se nos tivéssemos visto ontem, que poderia bem ser da família e da casa, não fosse a distância e os horários, mandou-me uma mensagem em privado. É enfermeira num grande hospital e as coisas estão pretas. Não vou entrar em pormenores, porque todos sabemos que há relatos antagónicos. E, se nos «mentem» ao disponibilizar os números de infetados, é porque não há meios para fazer testes a tantos casos suspeitos.
O que me trouxe aqui ao estaminé não foi apenas a gravidade desta situação. Porque vejo gente a entrar em pânico e super alarmada e prefiro pensar que se todos fizermos o que está ao nosso alcance estamos a dar o nosso contributo para travar esta pandemia.
Mas, enquanto falava com ela, que nem sei se estava a trabalhar, mas que estava claramente exausta e stressada, e a dar o litro para poder ajudar o máximo possível de utentes, não esquecendo que as outras doenças e urgências não desapareceram, pensei que tinha acabado de fazer 3 publicações parvas no Instagram, tinha planos de deitar a mais nova e ir ver as novas atualizações do Big Corona d'A Pipoca Mais Doce, e a seguir seguia para ouvir A Caravana da Rita Ferro Alvim, e, quiçá, pegar no Ensaio Sobre a Cegueira, que comecei a ler há uns bons tempos e nunca mais lhe peguei.
E, enquanto falava com ela, eu estava, como estou a escrever este texto, em casa, junto à piscina, a apanhar sol e a beber o meu café de papo para o ar.
E só aí me bateu o papel patético que muitos temos feito. Batemos palmas, cantamos, tudo certo (cá em casa não fazemos nada, no campo não temos vizinhos, e às 22h as miúdas estão a roncar, ou a caminho disso). Mas eles não param. E ao fim do dia voltam para casa. Sem saberem se estão infetados. Para abraçar os filhos. Para descansar um pouco. Sem férias, sem planos, sem saber quando isto vai acabar. E quando chegam ao trabalho, sem máscaras, sem condições, e com solicitações para todo o lado dão o litro. E não pensam 2x antes de ajudar quem mais precisa.
Continuaremos a cantar à janela, a fazer descrições diárias destes dias encafuados em casa, a fazer macacadas para passar o tempo e a aprender a lidar com esta situação.
Mas a partir de hoje, mais do que nunca, com o coração naqueles que são profissionais de saúde e que não podem baixar os braços. Hoje, este desabafo é para ti, Istrelinha, e para todos os teus colegas.
Obrigada por todo o vosso esforço (dedicação e glória…?! Já que somos do Sporting, pode ser assim!)! E seguimos juntos, fazendo cada um o seu papel, para travar esta pandemia 👊❤
domingo, 15 de março de 2020
coronamood dia #2
E pronto… Habemus frio e chuva nesta quarentena!
Vantagens de estar em casa? Ir lá abaixo buscar a lenha, com o frio a cortar a cara, com a luz do dia…
LOOOL, a sério. Vantagens zero. Se ontem as miúdas andaram o dia na rua, hoje foi casa-casa-casa.
A vantagem foi que a mais nova achava que não tinha sono, e eu cheguei a temer que o tédio destes dias lhe fosse roubar a necessidade da sesta. Mas olhem, que bom que não tinha, que só dormir 3h de sesta…! Imaginem se tivesse...
Entretanto, por cá vamos indo, com um gin tónico para animar a malta, as miúdas na cozinha a fazer pizza para o jantar e depois a não comerem porque não gostam de pizza, uma a dizer que quer outra comida e a outra também, uma a dizer que quer sumo e a outra também, uma a dizer que tem cocó e a outra também, uma a dizer que a podemos enfiar num armário até isto acabar e a outra… não, mas é pena 😈 muahahahahahahah!
Agora a sério, hoje o dia foi ótimo. Super tranquilo… Foram só 57 discussões e ontem foram 79, só arrumei 2x a cozinha e ontem arrumei 3x, só precisei de 5 minutos trancada na casa de banho e ontem foram 15... Sempre a melhorar!
O único pensamento sério que me vem à cabeça nestes dias é: como é que vou calçar a Rita depois de uma quarentena descalça em casa? E escusam de vir todos os técnicos-entendidos-em-pedagogia-pediatria-e-podologia porque cá em casa andamos todos descalços o ano inteiro! O problema vai ser mesmo calçá-la de novo 😬
Fora toda esta parvoíce, 2 «regras» novas cá em casa:
- notícias ao almoço;
- notícias ao jantar.
Zero notícias durante o dia, que só aumentam a ansiedade e instalam o pânico.
E muito respeito e solidariedade por todos os profissionais que não podem ficar em casa, como nós, e que se arriscam diariamente para dar resposta a todos: sejam os profissionais de saúde e auxiliares, sejam as forças de segurança, sejam os funcionários dos hipermercados e lojas abertas, sejam os motoristas, os farmacêuticos, e os próprios membros do governo que, mais do agrado de uns do que de outros, tem estado no terreno, sem hesitar, a dar a cara e a fazer o seu papel.
E muito odiozinho de estimação para quem inventou o Messenger, e as partilhas de tudo, desde o rolo de papel higiénico aos áudios, vídeos, orações, músicas, grupos, depoimentos, teorias da treta e o c*ralhinho que já ninguém merece.
Acho que a primeira resolução desta quarentena vai ser acabar com o Facebook. Já faltou mais ✌
Seguimos juntos 👊
Vantagens de estar em casa? Ir lá abaixo buscar a lenha, com o frio a cortar a cara, com a luz do dia…
LOOOL, a sério. Vantagens zero. Se ontem as miúdas andaram o dia na rua, hoje foi casa-casa-casa.
A vantagem foi que a mais nova achava que não tinha sono, e eu cheguei a temer que o tédio destes dias lhe fosse roubar a necessidade da sesta. Mas olhem, que bom que não tinha, que só dormir 3h de sesta…! Imaginem se tivesse...
Entretanto, por cá vamos indo, com um gin tónico para animar a malta, as miúdas na cozinha a fazer pizza para o jantar e depois a não comerem porque não gostam de pizza, uma a dizer que quer outra comida e a outra também, uma a dizer que quer sumo e a outra também, uma a dizer que tem cocó e a outra também, uma a dizer que a podemos enfiar num armário até isto acabar e a outra… não, mas é pena 😈 muahahahahahahah!
Agora a sério, hoje o dia foi ótimo. Super tranquilo… Foram só 57 discussões e ontem foram 79, só arrumei 2x a cozinha e ontem arrumei 3x, só precisei de 5 minutos trancada na casa de banho e ontem foram 15... Sempre a melhorar!
O único pensamento sério que me vem à cabeça nestes dias é: como é que vou calçar a Rita depois de uma quarentena descalça em casa? E escusam de vir todos os técnicos-entendidos-em-pedagogia-pediatria-e-podologia porque cá em casa andamos todos descalços o ano inteiro! O problema vai ser mesmo calçá-la de novo 😬
Fora toda esta parvoíce, 2 «regras» novas cá em casa:
- notícias ao almoço;
- notícias ao jantar.
Zero notícias durante o dia, que só aumentam a ansiedade e instalam o pânico.
E muito respeito e solidariedade por todos os profissionais que não podem ficar em casa, como nós, e que se arriscam diariamente para dar resposta a todos: sejam os profissionais de saúde e auxiliares, sejam as forças de segurança, sejam os funcionários dos hipermercados e lojas abertas, sejam os motoristas, os farmacêuticos, e os próprios membros do governo que, mais do agrado de uns do que de outros, tem estado no terreno, sem hesitar, a dar a cara e a fazer o seu papel.
E muito odiozinho de estimação para quem inventou o Messenger, e as partilhas de tudo, desde o rolo de papel higiénico aos áudios, vídeos, orações, músicas, grupos, depoimentos, teorias da treta e o c*ralhinho que já ninguém merece.
Acho que a primeira resolução desta quarentena vai ser acabar com o Facebook. Já faltou mais ✌
Seguimos juntos 👊
sábado, 14 de março de 2020
coronamood dia #1
Pensei várias vezes se deveria vir para aqui escrever. Mas a pessoa tem que despejar as coisas para algum lado, ainda que possa não apetecer a ninguém ler.
Ontem, por iniciativa familiar, foi o 1.º dia de isolamento cá em casa.
Na verdade, foi o 1.º dia para mim e para a Rita… e que dia!
Inicialmente foi fácil falarmos com ela:
- há muita gente doente na rua;
- nós não queremos ficar doentes;
- vamos passar os próximos dias em casa, sem ir ao café ou ao parque;
- vamos lavar várias vezes e muito bem as mãos;
- vamos brincar, aprender, apanhar sol, dormir a sesta, pintar, etc.;
- vamos ver os avós e os tios pelo telemóvel, porque também não queremos que eles fiquem doentes;
- quando isto acabar, vamos fazer uma festa, juntar a família e celebrar.
Mas… para isso acontecer, temos de ficar em casa!
A coisa nas primeiras horas funcionou, mas chegámos a um ponto em que nem ir à casa-de-banho sozinha conseguia ir…
Diria que ontem foi o dia do luto. Um stress constante, uma falta de energia atroz, uma mega dor de cabeça e vontade de adormecer e acordar no fim da quarentena! Ora isto aliado a 2 crianças em casa, é, basicamente, impossível.
Então, hoje, dia #1 dos quatro em caso começou a tourada!
Alterámos rotinas do dia-a-dia para que estes dias não sejam tão complicados.
Por exemplo, todos os dias tomávamos banho de manhã, os 4. Hoje, elas já acordaram de banho tomado, o que as ajuda a relaxar ao fim do dia e fechar um ciclo.
Também passaram o dia de pijama, coisa que pensei não fazer… Mas elas adoraram! Pijama, descalças e rua com elas: dar comida e muito mimo aos cães, que têm pouco mimo diariamente porque no corre-corre não há espaço para estarmos com eles; preparar a nossa mesa e cadeiras na rua, limpar e preparar o almoço para comer lá fora; andar de bicicleta no pátio, dentro dos possíveis, deslocar brinquedos para a rua ou para espaços menos comuns de brincadeira cá em casa; envolve-las na dinâmica da cozinha; contar histórias e ver filmes novos.
A verdade é que mediar duas miúdas, de 3 e 8 anos, e com feitios antagónicos, é difícil. Mas é mais difícil ter apenas 1 criança para entreter.
Ainda agora, enquanto escrevo, estão as duas há quase 1h a brincar sem se chatearem e sem chatear ninguém! Oremos, irmãos!
Vamos ver como correrá daqui para a frente, step by step. Pensar em longevidade é assustador, mas pensar no hoje tem sido um desafio e tanto.
Entretanto, esta semana fizemos algumas compras «não vá o diabo tecê-las» na terça-feira, sem exageros, mas sem noção que iríamos ficar os 4 em casa 15 dias… Conclusão: elas em casa passam a vida a querer comer e temo que na segunda ou terça tenha de ir ao supermercado. E confesso que isso não me deixa nada confortável! Mas vamos lá, apenas 1 de nós, de máscara, luvas e com todos os cuidados.
Espero que todos levem a sério este período. Cuidar de si e daqueles que os rodeiam passa apenas por ficar em casa e cumprir algumas regras que nos são sugeridas.
Espero que, daqui a 15 dias, todo o panorama que se avizinha seja o melhor.
Seguimos juntos!
Ontem, por iniciativa familiar, foi o 1.º dia de isolamento cá em casa.
Na verdade, foi o 1.º dia para mim e para a Rita… e que dia!
Inicialmente foi fácil falarmos com ela:
- há muita gente doente na rua;
- nós não queremos ficar doentes;
- vamos passar os próximos dias em casa, sem ir ao café ou ao parque;
- vamos lavar várias vezes e muito bem as mãos;
- vamos brincar, aprender, apanhar sol, dormir a sesta, pintar, etc.;
- vamos ver os avós e os tios pelo telemóvel, porque também não queremos que eles fiquem doentes;
- quando isto acabar, vamos fazer uma festa, juntar a família e celebrar.
Mas… para isso acontecer, temos de ficar em casa!
A coisa nas primeiras horas funcionou, mas chegámos a um ponto em que nem ir à casa-de-banho sozinha conseguia ir…
Diria que ontem foi o dia do luto. Um stress constante, uma falta de energia atroz, uma mega dor de cabeça e vontade de adormecer e acordar no fim da quarentena! Ora isto aliado a 2 crianças em casa, é, basicamente, impossível.
Então, hoje, dia #1 dos quatro em caso começou a tourada!
Alterámos rotinas do dia-a-dia para que estes dias não sejam tão complicados.
Por exemplo, todos os dias tomávamos banho de manhã, os 4. Hoje, elas já acordaram de banho tomado, o que as ajuda a relaxar ao fim do dia e fechar um ciclo.
Também passaram o dia de pijama, coisa que pensei não fazer… Mas elas adoraram! Pijama, descalças e rua com elas: dar comida e muito mimo aos cães, que têm pouco mimo diariamente porque no corre-corre não há espaço para estarmos com eles; preparar a nossa mesa e cadeiras na rua, limpar e preparar o almoço para comer lá fora; andar de bicicleta no pátio, dentro dos possíveis, deslocar brinquedos para a rua ou para espaços menos comuns de brincadeira cá em casa; envolve-las na dinâmica da cozinha; contar histórias e ver filmes novos.
A verdade é que mediar duas miúdas, de 3 e 8 anos, e com feitios antagónicos, é difícil. Mas é mais difícil ter apenas 1 criança para entreter.
Ainda agora, enquanto escrevo, estão as duas há quase 1h a brincar sem se chatearem e sem chatear ninguém! Oremos, irmãos!
Vamos ver como correrá daqui para a frente, step by step. Pensar em longevidade é assustador, mas pensar no hoje tem sido um desafio e tanto.
Entretanto, esta semana fizemos algumas compras «não vá o diabo tecê-las» na terça-feira, sem exageros, mas sem noção que iríamos ficar os 4 em casa 15 dias… Conclusão: elas em casa passam a vida a querer comer e temo que na segunda ou terça tenha de ir ao supermercado. E confesso que isso não me deixa nada confortável! Mas vamos lá, apenas 1 de nós, de máscara, luvas e com todos os cuidados.
Espero que todos levem a sério este período. Cuidar de si e daqueles que os rodeiam passa apenas por ficar em casa e cumprir algumas regras que nos são sugeridas.
Espero que, daqui a 15 dias, todo o panorama que se avizinha seja o melhor.
Seguimos juntos!
Subscrever:
Mensagens (Atom)